quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Passividade



Com a aceitação negada pelos dois lados da moeda,
Nada me resta além de repudiar minha natureza.
E quando minha confiança é posta por terra,
minha mente perturbada vagueia rumo a incerteza.

E se aceitar o leite descendo pela minha garganta
que engoli em minha infância, dado por homens e cachorros?
 Já não basta a humilhação de não me levantar da cama,
Ainda tenho que suportar a desconfiança dos outros.

Já não tenho o combustível para enrijecer
Ou para conseguir cumprir com meu compromisso.
Poderia então passar a ser um mero chofer
Deixar de ser agressivo para ser apenas passivo.

Não seria nenhuma humilhação deitar de bruços,
Já que ao menos alguém teria alguma satisfação,
Focando apenas em meu semblante taciturno,
e quem sabe conseguir alguma distração?

Infelizmente não adianta me manter distante
do contato físico, já que ninguém enxerga
o meu empenho, mas sim o meu semblante,
o de um ser que pensa apenas com a verga.

Um último sacrifício em prol de quem amo
para evitar mal entendidos de terceiros,
Deixar de lado meus desejos humanos
E assim vejam que meus auxílios são sinceros.

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